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quinta-feira, 19 de julho de 2012


MUSA RENUNCIA À VAIDADE E VENCE PRECONCEITO PARA SER ÚNICA MULHER NO RALI DOS SERTÕES. 






A piloto Helena Soares, da equipe Petroball Rally Team, tem 30 anos e hoje divide o seu tempo entre as curvas das pistas, sua atuação como empresária, os estudos para se tornar advogada e sua família. Nascida em São Paulo, ela vive em Goiânia e foi lá que despertou sua paixão pelo universo dos ‘rallys’. Mãe de três filhos, dois deles seguem o mesmo amor pela velocidade: são pilotos de Kart.

Com um currículo cheio de vitórias, Helena conquistou como navegadora no Regularidade o vice-campeonato goiano em 2006 e o campeonato goiano em 2007. No Cross Country, tem três participações no Rally dos Sertões, vencendo uma especial na geral. Como piloto se orgulha de ter terminado um Rally dos Sertões, mesmo tendo pilotado apenas em duas provas anteriormente.




Como você iniciou no universo off road?

Em 2006 participei de um rally de regularidade em comemoração ao dia da mulher, prova promocional realizada pelo Trail Clube Goiano. Na ocasião pilotei, tendo como navegadora minha irmã. Não tínhamos conhecimento de absolutamente nada, mas me despertou uma vontade de aprender e comecei a participar de ‘rallys’ de regularidade como navegadora.





Você já foi navegadora, como se tornou piloto?

Amo navegar! Sou aquela que adora fazer mil coisas ao mesmo tempo, me sinto confiante e sou perfeccionista, trabalho bem mesmo sob pressão. [...] Chegou um ponto em que pensei em sentar do lado esquerdo do carro, sentia que isso poderia me aperfeiçoar como navegadora. Na estreia andei 2 km e logo bati numa árvore e como adoro desafios, isso me provocou, esse ano volto à mesma prova para terminar e quem sabe trazer um troféu.





Helena e sua navegadora Cláudia Souza no Rally dos Sertões - 2010


Já foi se o tempo que carro e mulher não combinavam. Como você analisa esse destaque que as mulheres vem ganhando nos ‘rallys’ e competições?

A mulher, a cada ano que passa, vai conquistando espaços antes ocupados somente pelos homens. Somos fortes, decididas e capazes, e não temos em nossa fragilidade uma limitação. É assim que me vejo. Não me sinto em desvantagem alguma por ser mulher e nem tão pouco intimidada. E no rally, principalmente na pilotagem, já temos aí alguns exemplos dessa evolução. Sou orgulhosa por fazer parte dessa inovação!




O 4X4 de Helena depois do "capote"


Entre as provas já disputadas, há alguma em especial que te marcou?



Todas as provas marcam bastante, sempre acontece algo que fica na memória, seja para servir como experiência, ou mesmo como lembrança. Tenho marcado em mim o dia que o carro pegou fogo durante a quinta especial do Rally dos Sertões em 2007, aquele sentimento, de ter acabado ali definitivamente o sonho de chegar, foi muito desolador. Mas o que mais marcou foi recebermos tanto apoio dos moradores locais, que não mediram esforços para nos deixar no mínimo confortáveis.
Agora falando de acontecimentos marcantes, há aqueles que simplesmente fazem parte da nossa história, o primeiro beijo, a primeira professora, o primeiro emprego, o primeiro capote…. (risos) Neste final de semana experimentei ver o mundo girar de dentro do 4X4, e por incrível que pareça, a única coisa que se passou pela minha cabeça foi “tomara que pare em pé!” para podermos continuar.





    

Mesmo capotando com o carro, a dupla levou o título no Rally das Serras




Os ‘bastidores’ das competições normalmente são bem corridos, como fica isso para uma mulher e todos os seus rituais de beleza?


Durante as competições as atenções se voltam totalmente para o rally, já fiz matérias em que eu me maquiava usando o espelho retrovisor da caminhonete, e isso pode até acontecer no dia a dia. Aliás, sou expert em me maquiar dentro do carro em movimento, e que mulher não é? (risos) mas durante a competição não acontece.


Eu tenho o hábito de passar rímel pela manhã, e isso em qualquer situação, se me encontrarem na chegada de uma especial (trecho cronometrado do rally) certamente estarei borrada de rímel por causa da transpiração. Mas isso depende muito da competição, Sertões, por exemplo, já forfetei até banho! [forfete = estourar o tempo limite de uma prova - não completar a prova - deixar de cumprir] De resto, são os cuidados normais de qualquer pessoa, bastante água e protetor solar.



Qual a sua dica para as mulheres que curtem adrenalina e querem curtir o universo off road? E as competições?


Atenção mulherada, vamos dominar o mundo! (risos) Acho que qualquer ser humano tem que ir em busca dos seus sonhos e daquilo que os realiza. Sem temer as dificuldades, assumir suas limitações e principalmente, não desistir. À mulherada de plantão, que curte o esporte, não se intimidem e acreditem que são capazes!

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